little rollin´ rockets

Sunday, April 10, 2005

Cuidado ao ler esse texto...


Minha mãe e meu irmão

Então ( pq eu sempre começo textos em q eu realmente anseio em dizer algo com então) você acorda, e é só mais outro dia, mais uma peça estrutural que se encaixa perfeitamente nas previsões que não vão além do óbvio. Sim, a vida é uma sucessão de dias.
Mas em minha cabeça e no livro estão grifadas palavras que trascendem qualquer aprisionamento temporal. "queremos ter conhecimento do valor e da perspectiva das coisas passageiras e, assim, sair do turbilhão das formalidades cotidianas. Queremos saber que as coisas pequenas são pequenas e as coisas grandes são grandes"
Somos biologia, e não há nenhuma parte do meu corpo que negue isso. Espécimes de uma mesma espécie, condicionados pela sua natureza.
Mas minha definição não supre, de modo algum, o espírito que parece ser metafísico.
E se eu deixasse meu lado lógico agora, me jogaria às incertezas.
Que parte minha vive a sucessão de dias, e que parte minha ousa "estar sempre transformando em luz e chama tudo aquilo que somos ou com que deparamos"?
Meu Deus! Como posso ser íntegra me dividindo em tantas que parecessem se chocar?
Talvez eu me atenho tanto aos filmes, porque, mesmo os mais tolos, trazem consigo um ensinamento, uma reflexão, algo que eu pareço na encontrar a qualquer momento. Ou, sendo eu, (e é aí que deposito toda a minha graça) um daqueles que procura ver as coisas "tal como irão parecer sempre_ À luz da eternidade". Como posso suportar, a insustentável leveza do ser (perdoem-me a repetição) sem agonizar no chão, ansiando em ter as entranhas arrancadas?
(quantas vezes em desespero eu, grávida do mundo, tentei arrancar a cria com as próprias mãos, me arranhando sem sequer conseguir penetrar em minha pele.)
"Uma parte muito grande de nossas vidas é destituída de significado, compreendendo uma vacilação e uma futilidade autocanceladoras; lutamos com o caos que nos cerca e que está dentro de nós; mas o tempo todo acreditarámos existir algo vital e importante em nós, se ao menos pudéssemos decifrar nossas almas."
É a esta ânsia, que em mim soa visceral, que eu dedico todos os meus sonhos e planos.
Ou, se "a verdade, não nos fará ricos, mas nos tornará livres" . Procuro ser verdadeira e, fazendo isto, choro, com vergonha de viver em um mundo de pessoas enclausuradas.
Eu poderia olhar estrelas, enamorar-me pelos astros, mas eu gosto mesmo é de pessoas, é ao lobo do homem que eu me entrego.
E mesmo me ferindo tanto por ser assim, e mesmo sendo, por definição, um espécime exemplar da espécie Homo Sapiens, da família Homidae, da ordem dos Primatas, que vive, como todos os outros, o que pode ser denomindao como a ordem natural das coisas.
Apesar de tudo isso, sei que eu me entrego as coisas e as pessoas de forma plena, não a Alice não se encontra em mim, e sim nos outros. O perigo de me atirar ao desconhecido e amar impetuosamente o mundo tampouco me assusto. Estou avisada. De todo modo, minha alma sorri, e meu espírito se acalenta em me ver assim.

Citações do livro A história da filosofia, Will Duran.

Ouvindo Air, Mike Mills.
Posted by Hello

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